Justiça acata denúncia por ato de improbidade administrativa contra prefeito de Faina, Paulo Roberto, vereador Temil e secretários Alex e Antônio Leite

A Justiça goiana acatou recentemente uma nova ação de ato de improbidade administrativa de autoria do Ministério Público de Goiás (MP-GO) que envolve o uso ilegal de maquinário público no município do Faina. São alvos da ação o prefeito Paulo Vieira, o vereador Valtemir da Silva Lima (vulgo Temil), bem como os secretários municipais de Administração e de Obras, Alex Alves Magalhães e Antônio Leite.
Na denúncia, o órgão ministerial revela que, entre os meses de julho e novembro de 2023, o vereador Temil – que também mantém cargo de operador de máquinas na administração municipal – utilizou-se de bens móveis da prefeitura, bem como de servidores públicos para a execução de serviços particulares. O texto deixa claro que tanto o prefeito Paulo Vieira quanto os secretários citados tinham conhecimento da prática ilícita.
O caso já havia sido abordado pelo Jornal Impacto Xixá na edição de dezembro de 2023. Uma decisão anterior em desfavor de Temil e do secretário Antônio Leite já tratava da utilização de maquinário público para a prestação de serviços particulares, sem qualquer autorização legal e ainda se utilizando de um menor de idade para o auxílio dos serviços. Além disso, o vereador, junto ao prefeito Paulo Roberto Vieira, ainda responde a uma outra ação no MP justamente por acumular a função na Casa de leis com o cargo de operador de máquinas.
Vale lembrar que a apropriação de bens móveis e imóveis em benefício particular coloca em risco a realização de serviços públicos essenciais, prejudicando os interesses da população. A denúncia ocorre em meio a reclamações e denúncias da população quanto a problemas de infraestrutura na cidade, como a precarização de estradas vicinais e do serviço de limpeza urbana.
Na decisão recente assinada pela juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, também é acatado pedido do Ministério Público no sentido de advertir o prefeito Paulo Vieira sobre ameaças e intimidação de testemunhas do caso, sob pena do agente político ter que responder na esfera criminal sobre o assunto. O pedido foi motivado por relatos de que o gestor teria tentado coagir servidores e um vereador, na tentativa de intimidá-los em relação ao caso.